Imprensa – Uma peleja cheia de surpresas

IMPRENSA

Uma peleja cheia de surpresas

Veja São Paulo

Em 1988, ao encenar pela primeira vez O Vaqueiro e o Bicho Froxo, o grupo de teatro Pia Fraus acumulou prêmios e elogios. Com a competente remontagem dirigida por Naum Alves de Souza, o sucesso se repete. O que se vê é uma caprichada mistura de teatro tradicional, de bonecos e de mascaras, mais dança e técnicas circenses. Tudo para contar a história do amor do Vaqueiro pela bela camponesa Rosinha. A moça é raptada pelo malvado Bicho Froxo, um monstro de chifres enormes e caninos afiados. Para resgatá-la, Vaqueiro passa por sérios apuros.

Ao contrário de boa parte das peças infantis, essa não faz uso do manjadíssimo discurso maniqueísta. Assim, Vaqueiro recebe ajuda de personagens que não são totalmente bons ou ruins. O misterioso Papa-Figo, por exemplo, tanto deseja ajudar como devorar o herói. Alem disso, o espetáculo ganha pontos ao incorporar elementos da cultura popular, como maculelê. Para coroar, há a improvisação dos atores, de acordo com os comentários da meninada da platéia. Com treze anos de experiência de palco, o Pia Fraus consegue aproveitar bem esse momento de liberdade em cena.